Assembleia da República
Lei Eleitoral das Assembleias Provinciais
Senhor Presidente da Assembleia da República,
Senhores Deputados, Meus pares
Senhores Membros do Governo,
Minhas Senhora, Meus Senhores,
As Assembleias Provinciais constituem mais um órgão político de fiscalização do processo governativo; de representação ao nível provincial a par dos Deputados da Assembleia da República.
Com a presente Lei Eleitoral a ser aprovada, ficam criadas as condições de ponto de vista jurídico ou legal, para que os cidadãos ao nível das Províncias, exerçam o direito de escolherem, livremente, os seus representantes cuja função residirá na fiscalização dos actos governativos.
Gostaria de chamar a Vossa atenção para uma melhor reflexão sobre aspectos, na lei, que se apresentam ambíguos e contraditórios, e que os mesmos podem comprometer a justiça e a transparência dos pleitos eleitorais provinciais, sobretudo quando as regras do jogo democrático não foram asseguradas, a semelhança do Pacote Eleitoral, aprovado, unilateralmente, em Novembro de 2006, pressupõe de já, a existência de um vencedor antecipado.
Senhor Presidente, meus pares
1. Porque é que a lei não define o nº máximo de eleitores em cada caderno?
2. Porquê não garantir que lá onde o cidadão se tenha recenseado coincida com o local de votação? Para evitarmos as irregularidades e as detenções das últimas eleições gerais de 2004?
Estes sãos alguns aspectos, Senhores Deputados.
Falarmos das regras de jogo democrático significa, falarmos da imparcialidade das leis e da forma de funcionamento dos órgãos eleitorais como o STAE e a CNE, enquanto árbitros do jogo eleitoral; significa, a prior, possuirmos mecanismos de tomada de decisão isentos.
Muito embora, na presente lei, prevaleçam aspectos divergentes e cujo consenso significaria processos eleitorais mais justos e transparentes, pela democracia e por uma maior participação dos cidadãos na fiscalização dos actos governativos; a presente lei é oportuna e sugiro que seja aprovada na generalidade.
Muito obrigado
João Carlos Colaço
(Deputado da Renamo-UE e Membro da Comissão de Agricultura, Des. Reg., Adm. Púb. E Poder Local)
Maputo, 15 de Março de 2007
segunda-feira, 30 de abril de 2007
"FALAR DE DEMOCRACIA É FALAR DE IMPARCIALIDADE"
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Ministro da Defesa Nacional
(...)
Para além da marginalização no que tange ao Posto de trabalho, a que estão votados os Oficiais superiores e subalternos da antiga guerrilha da Renamo, alguns deles andam aquartelados por falta de alojamento, mas sabemos que existe o Hotel Militar sem ocupação efectiva, ao que perguntamos: o que está a acontecer com o Hotel?
Os Postos de assessores ocupado pela maioria dos Oficiais da Renamo desvinculados dos seus postos de Direcção e Chefia não tem enquadramento orgânico nem missão definida o que leva a crer que a qualquer momento poderão ser dispensados do exército. Isto leva-nos a perguntar, Senhor Ministro, estará a seguir uma estratégia familiar, partidária ou profissional?
Desde que os Oficiais e soldados da Renamo integraram o exército não há promoção, mas os provenientes das FPLM/ Frelimo estão a ser promovidos, passam já 12 anos, isto é, desde 1994 que esta discriminação vai ganhando espaço.
A extinção das regiões militares num país extenso como o nosso visava em parte assegurar a retirada total dos ex-guerrilheiros da Renamo nos Postos de Direcção e Chefia nas Forças Armadas.
Senhores membros do Governo,
Senhores Convidados,
Senhores Deputados, meus pares
Estas brincadeiras no exército são de mau gosto e estão a criar um mau ambiente político e social no país, é preciso ter em mente que esta estratégia foi usada pelo Partido Abas de Saddam Ussene, onde primos, cunhados e filhos de Saddam Ussene ocupavam pastas de relevo nas Forças de Defesa e segurança como forma de assegurar a implantação da ditadura e abusos do poder naquela parcela do mundo.
No nosso País, o Comandante em chefe é genro ou cunhado do Ministro da Defesa, outros familiares destas duas figuras aos poucos vão ganhando pastas de relevo no Partido e no Governo. Esta situação que faz-se confundir com a Monarquia não devemos permitir. Moçambique é nosso.
(...)
Deputado António Muchanga
RUE
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