(...)
Para além da marginalização no que tange ao Posto de trabalho, a que estão votados os Oficiais superiores e subalternos da antiga guerrilha da Renamo, alguns deles andam aquartelados por falta de alojamento, mas sabemos que existe o Hotel Militar sem ocupação efectiva, ao que perguntamos: o que está a acontecer com o Hotel?
Os Postos de assessores ocupado pela maioria dos Oficiais da Renamo desvinculados dos seus postos de Direcção e Chefia não tem enquadramento orgânico nem missão definida o que leva a crer que a qualquer momento poderão ser dispensados do exército. Isto leva-nos a perguntar, Senhor Ministro, estará a seguir uma estratégia familiar, partidária ou profissional?
Desde que os Oficiais e soldados da Renamo integraram o exército não há promoção, mas os provenientes das FPLM/ Frelimo estão a ser promovidos, passam já 12 anos, isto é, desde 1994 que esta discriminação vai ganhando espaço.
A extinção das regiões militares num país extenso como o nosso visava em parte assegurar a retirada total dos ex-guerrilheiros da Renamo nos Postos de Direcção e Chefia nas Forças Armadas.
Senhores membros do Governo,
Senhores Convidados,
Senhores Deputados, meus pares
Estas brincadeiras no exército são de mau gosto e estão a criar um mau ambiente político e social no país, é preciso ter em mente que esta estratégia foi usada pelo Partido Abas de Saddam Ussene, onde primos, cunhados e filhos de Saddam Ussene ocupavam pastas de relevo nas Forças de Defesa e segurança como forma de assegurar a implantação da ditadura e abusos do poder naquela parcela do mundo.
No nosso País, o Comandante em chefe é genro ou cunhado do Ministro da Defesa, outros familiares destas duas figuras aos poucos vão ganhando pastas de relevo no Partido e no Governo. Esta situação que faz-se confundir com a Monarquia não devemos permitir. Moçambique é nosso.
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Deputado António Muchanga
RUE
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Ministro da Defesa Nacional
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